12 de xullo de 2018

The Garden of Rama

Arthur C. Clarke & Gentry Lee
The Garden of Rama (1991)

O Jardim de Rama começa no ponto em que terminou o livro precedente, O Enigma de Rama. O gigantesco cilindro estelar, depois de evitar a colisão com a Terra, prossegue a sua rota rumo ao espaço exterior, levando a bordo os três cosmonautas que, por diferentes razões, não conseguiram abandonar a nave: Nicole, Richard e Michael.
A primeira parte é escrita como o diário de Nicole, e começa com o nascimento da sua filha Simone – de um ponto de vista feminino, portanto, no que pretende ser normalmente uma mostra de versatilidade literária da parte de autores do sexo oposto. Este diário abarca um período de quase 14 anos, onde se descreve a viagem de Rama, inicialmente cheia de surpresas, com as descrições da aceleração do artefacto até atingir metade da velocidade da luz. Depois, também a história entra em velocidade de cruzeiro, dedicando-se aos meandros da vida familiar (nascem mais quatro crianças), em que o conhecimento sobre os desígnios de Rama e sobre as formas de vida que constituem os aparentes companheiros de viagem quase não avança. Por fim, atracam numa imensa base orbital, cerca de Sírio, onde outras naves se encontram ancoradas.
Nesse local, designado por Nodo, decorrem os 16 meses da segunda parte. Os viajantes são comodamente instalados e submetidos a variados testes; por fim são informados, em linhas gerais, do projecto de observação gizado pelas inteligências responsáveis por Rama, que passa por uma separação familiar e o regresso dos restantes ao Sistema Solar, novamente a bordo do remodelado Rama, mas em animação suspensa.
A viagem até ao encontro de Marte demora assim 19 anos de uma penada (sem contar com a dilatação temporal causada pela relatividade), dando início à terceira parte. O governo terrestre, cedendo a uma mensagem transmitida de Rama – por intermédio de Nicole – onde se pretende uma amostra de duas mil pessoas para estudo, selecciona e envia essa gente ao encontro da nave, sob o pretexto de reiniciar a colonização de Marte, informando-a depois da alteração de planos. Os colonos são levados para Rama e instalados no espaço que lhes fora reservado, e nisto decorre a terceira parte, dando o pretexto para a introdução de inúmeros personagens secundários na narrativa.
A quarta parte inicia-se na festa do terceiro aniversário da chegada dos colonos a Rama, e ficamos a saber que a nave se dirige agora a Tau Ceti. Esta fase do livro descreve a dinâmica social da colónia – um espaço fechado de 160 km2 no interior do cilindro, denominado Novo Eden, que recria um habitat terrestre – e observa-se que numa comunidade heterogénea basta muito pouco para a organização se fragilizar e gerar o desastre. No final deste trecho há um golpe sangrento para decapitar o governo da colónia e os seus mais notórios apoiantes, e, como consequência, a fuga de Richard Wakefield.
Uma grande porção da quinta parte descreve a permanência de Richard numa segunda colónia de Rama, habitada por uma forma de vida já encontrada em Rama II, os avians. O seu habitat fora já violado e acabará por ser invadido pelos humanos numa guerra de extermínio, levada a cabo pelo governo mafioso que tomou o poder em Novo Eden. Richard tornar-se-á a única esperança para evitar a destruição destes seres, e empreende uma segunda fuga, para New York. Enquanto isso, Nicole, acusada de sedição, enfrenta um julgamento fantoche que a condena à morte.

"How many spacefaring species are there in our galaxy?" Richard asked a little later.
"That's one of the objectives of our project—to answer that question exactly. Remember, there are more than a hundred billion stars in the Milky Way. Slightly more than a quarter of them have planetary systems surrounding them. If only one out of every million stars with planets was home to a spacefaring species, then there would still be twenty-five thousand spacefarers in our galaxy alone."
The Eagle turned around and looked at Richard and Nicole. "The estimated number of spacefarers in the galaxy, as well as the spacefarer density in any specified zone, is Level III information. But I can tell you one thing. There are Life Dense Zones in the galaxy where the average number of spacefarers is greater than one per thousand stars."
Richard whistled. "This is staggering stuff," he said to Nicole excitedly. "It means that the local evolutionary miracle that produced us is a common paradigm in the universe. We are unique, to be sure, for nowhere else would the process that produced us have been duplicated exactly. But the characteristic that is truly special about our species—namely our ability to model our world and understand both it and where we fit into its overall scheme—that capability must belong to thousands of creatures! For without that ability they could not have become spacefarers."
Nicole was overwhelmed. She recalled a similar moment, years before when she was with Richard in the photograph room of the octospider lair in Rama, when she had struggled to grasp the immensity of the universe in terms of total information content. Again now she realized that the entire set of knowledge in the human domain, everything that any member of the human species had ever learned or experienced, was no more than a single grain of sand on the great beach representing everything that had ever been known by all the sentient creatures of the universe.

Li anteriormente:
Rama II (1989)

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